segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Não tenho o dom
Capitão jogou seus sentimentos no mar, quis afogá-los, quando avistou uma pequena embarcação ao longe e fez seu marujo ir verificar. Se tratavam de olhos escuros como a noite, pele fria como a água e cabelos cintilantes feito o sol. Capitão era mal amado, porém acolheu a pobre moça cujo barco havia afundado. Se encantou logo a primeira vista. Naquela noite o mar estava calmo então decidiram navegar em direção ao oriente. Agora em alto mar, o tic-tac do relógio parecia mais forte e compulsivo. De maneira espantosa as mãos do Capitão tremiam e seu coração acelerava de maneira que fazia sua testa umedecer. A menina provocava certa sensação. Quem sabe o que estava acontecendo?! Doutro canto do cás estava ela, com seu vestido branco solto, fazendo surtir tal efeito no velho homem.Caminhando suavemente em sua direção, a atraente moça o envolveu num forte abraço e nos seus ouvidos tranquilamente deixou desabrochar seu canto. Levando não apenas o marujo enfeitiçado e o barco, mas também seu Capitão com coração ainda quente, mar abaixo, a sereia carregou mais umas vidas para sua coleção penosa, com a tentativa desesperada de nunca se manter sozinha, num mar tão cheio de ilusões.
Rafaella Alvez
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2 comentários:
Ótimo conto, depois de ler umas duas vezes notei que a moral do mesmo, se assemelha a minha pessoal,
bom, em parte...
Parabéns Rafaella Alvez!!!
Obrigada José, fico feliz que tenha gostado e se identificado. ^^
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